O que o empreendedor imobiliário espera do mercado em 2024. Redução da Selic vai impulsionar o setor imobiliário, especialmente o médio e alto padrão. Imóveis comprados na planta, mas entregues decorados e mobiliados, viram tendência.
- Saiba onde o mercado imobiliário vai bombar em 2024, segundo empreendedores imobiliários
- Corte da Selic anima mercado imobiliário com impulso para médio e alto padrão
- Tendência: imóvel comprado na planta, entregue decorado e mobiliado
- Incorporadoras investem em praças e espaços verdes nos projetos de alto padrão
Saiba onde o mercado imobiliário vai bombar em 2024, segundo empreendedores imobiliários
Uma perspectiva para o mercado imobiliário este ano revela que 89% dos empreendedores planejam focar em residenciais verticais e loteamentos, e a região foco dos empreendimentos deve ser a Sudeste (39%). Os dados são da pesquisa “O que o empreendedor imobiliário espera do mercado em 2024”, realizada pelo Grupo Prospecta e a plataforma de construção Sienge, da Softplan. O levantamento, feito entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, envolveu 250 empreendedores do setor.
Santa Catarina surge como o segundo estado mais frequente para atuação das empresas, com 11%, sendo superado apenas por São Paulo, que lidera com 19%. Quanto à percepção do mercado imobiliário, 48% dos entrevistados indicam uma retomada lenta, enquanto 26% acreditam que o setor está estabilizado. Outros 14% veem uma retomada com crescimento elevado, e 12% percebem o mercado em recessão.
No que diz respeito aos nichos de mercado, 52% dos empreendedores planejam potencializar empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida. Além disso, residenciais verticais (18%) e loteamentos (7%) também estão entre os segmentos que devem ganhar destaque ao longo do ano.
O risco político, no entanto, é apontado como um fator significativo por 38% dos participantes da pesquisa, que se preocupam com a influência da política nas decisões de negócios.
Fonte: NSC
Corte da Selic anima mercado imobiliário com impulso para médio e alto padrão
A quinta redução consecutiva da taxa Selic – para 11,25% – foi celebrada pelo mercado imobiliário, que aposta em financiamentos mais acessíveis, principalmente para médio e alto padrão. Até setembro de 2023, após a sinalização de quedas nos juros, o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) registrou crescimento de 18,9% nas unidades comercializadas e 13% no valor de vendas em comparação a 2022. Para a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) a medida também contribui para o progresso econômico e social no país.
Para Victorio Abreu, diretor da SAAU, desenvolvedora de projetos imobiliários, haverá um efeito cascata da Selic na redução de índices como INCC e IPCA, estimulando a compra e encorajando incorporadores a lançar projetos, e como consequência, impulsionando o consumo. Renato Teixeira, CEO da CIA Multiplataforma Imobiliária, acredita no retorno de empreendedores que represaram projetos.
Em entrevistas ao blog de Miriam Leitão no jornal O Globo, Ernesto Otero, CEO da Lobie, destaca a confiança dos investidores. Thomaz Assumpção, CEO da Urban Systems, alerta que a redução da taxa de juros deve ocorrer gradualmente, impactando positivamente o mercado imobiliário no longo prazo.
Fontes: O Globo e Terra
Tendência: imóvel comprado na planta, entregue decorado e mobiliado
A nova tendência no mercado imobiliário brasileiro segue uma preferência crescente dos consumidores: imóveis comprados na planta e entregues totalmente mobiliados, equipados, decorados, incluindo até roupa de cama. A pesquisa realizada pelo Grupo Prospecta, em colaboração com o Sienge, mostra que a novidade atende à demanda por praticidade e conveniência, transformando o que era apenas um imóvel em espaço pronto para viver.
Essa abordagem, já consolidada em mercados imobiliários internacionais, agora ganha espaço nas capitais brasileiras com parcerias entre incorporadoras e proptechs que oferecem aos compradores a conveniência de receber as chaves e mudar-se imediatamente, sem o ônus de decorar e equipar os novos lares. Um exemplo é a recente colaboração entre a AGL Incorporadora e a Spotlar – startup especializada em projetos arquitetônicos para imóveis na planta – em Curitiba.
O modelo, de acordo com as empresas, traz benefícios significativos, como redução de custos em comparação com métodos tradicionais, agilidade na entrega, praticidade nas etapas de compra e logística, além de segurança financeira para os clientes.
O fundador da Spotlar, Marcos Nuernberg, explica que a startup centraliza fornecedores, desenvolve projetos personalizados e entrega apartamentos em prazos significativamente menores, numa experiência eficiente e positiva para os compradores.
Fonte: Paranashop
Incorporadoras investem em praças e espaços verdes nos projetos de alto padrão
Incorporadoras que atuam em São Paulo apostam na valorização de grandes praças em projetos de alto padrão para reconectar as pessoas com a natureza e promover a convivência entre os moradores e a cidade. Inspiradas no conceito japonês “shin run-yoku” (banho de floresta), esses empreendimentos tentam criar uma espécie de antídoto ecológico contra o estresse urbano, trazendo ainda mais atratividade para projetos de alto padrão.
A Cyrela, por exemplo, desenvolve o Eden Park by Dror, que inclui sete torres residenciais, um edifício de escritórios, um shopping center e um amplo parque arborizado, abrangendo uma área de 40 mil metros quadrados. Para a Cyrela, a praça é protagonista do projeto, funcionando como um pulmão verde para a região do Brooklin.
Já a Idea!Zarvos investiu o conceito no Damata, no Itaim, projeto do arquiteto Isay Weinfeld, com duas torres organizadas em torno de uma praça pública de três mil metros quadrados. O espaço semi coberto tem utilização pública, circundado por lojas e restaurantes. Já a Stan Desenvolvimento Imobiliário acaba de concluir a Praça Henrique Monteiro, na região da Faria Lima. Assinado por Arthur Casas, com uma praça privativa no mezanino e áreas comerciais operadas pelo Bistrô Charlô, o projeto é “uma contribuição urbanística para tornar a cidade mais agradável”.
Fonte: Valor Econômico