Portas Abertas | 03 de janeiro de 2024

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03 de janeiro de 2024

Atualizado: 03 de janeiro de 2024 7 min de leitura

O ano novo chegou com cenário favorável para o mercado imobiliário brasileiro. Separamos as principais previsões: preços de imóveis no Brasil devem permanecer elevados em 2024; Mercado imobiliário no Rio cresce no Centro e na Barra; Construtora aposta em Brasília com edifício corporativo de R$ 2,4 bilhões; Litoral de Santa Catarina passa por ‘boom’ imobiliário.

Setor imobiliário projeta cenário favorável para 2024

O mercado imobiliário projeta um cenário favorável para o ano de 2024, impulsionado pela expectativa de queda nas taxas de juros e pelas novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida. A previsão é de estabilidade ou crescimento moderado, tanto em São Paulo quanto nacionalmente. Com juros em declínio, inflação controlada e desemprego baixo, o setor acredita em melhorias nas vendas, especialmente no segmento popular, que deve liderar os lançamentos este ano.

Apesar das incertezas iniciais em 2023 devido à troca de governo, o mercado imobiliário demonstrou resiliência, superando as expectativas, na avaliação do presidente do Secovi-SP, Ely Werthein. O aumento nas vendas de imóveis residenciais em São Paulo nos últimos 12 meses de 2023, somado às novas regras do Minha Casa, Minha Vida, contribui para a perspectiva positiva do setor, assim como a confiança dos empresários.

Enquanto o mercado popular se destaca, o segmento de médio e alto padrão pode enfrentar um crescimento mais lento. A expectativa é de que a redução da taxa Selic ao longo de 2024 beneficie o setor como um todo, proporcionando condições mais favoráveis para financiamentos.

O financiamento via recursos da poupança é um ponto de atenção para o próximo ano, mas os especialistas não demonstram preocupação excessiva, destacando o saldo ainda saudável disponível.
Fonte: Estadão

Como serão os preços de imóveis no Brasil em 2024?

O mercado imobiliário é um setor dinâmico, influenciado por diversos fatores, como taxas de juros, situação econômica geral, oferta e demanda, hábitos de consumo, novas tecnologias, inflação e histórico de preços. Os consumidores no Brasil, assim como em outros países da América Latina, ainda devem enfrentar preços elevados de moradias devido ao baixo estoque e taxas hipotecárias altas, aponta relatório da Fitch Ratings.

A desaceleração da inflação no Brasil pode levar a taxas de financiamento ligeiramente mais baixas, mas o crescimento geral dos preços ainda será um limitador do acesso à compra. Projeções para 2024 indicam aumentos de 4% a 6% nos preços dos imóveis. A Fitch Ratings projeta ainda níveis de inadimplência de 1,75% a 2,25% no Brasil.

No entanto, a previsão de crescimento do PIB, redução da inflação, queda do desemprego e aumento de verbas federais para moradia tem potencial de impulsionar a demanda por imóveis, aumentando a pressão sobre os preços. Por outro lado, a baixa oferta de imóveis pode limitar a queda dos preços.
Fontes: Bloomberg e MSN

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Mercado imobiliário no Rio cresce no Centro e na Barra

O Rio de Janeiro experimenta crescimento imobiliário em duas direções distintas: a Barra da Tijuca e o Centro da cidade. Terrenos na zona Oeste, como o antigo parque Terra Encantada, começam a receber projetos residenciais, enquanto na Região Portuária, empreendimentos como o “habite-se” já tiveram 95% das unidades vendidas.

A paisagem urbana da cidade deve sofrer significativa transformação, com expectativas de lançamentos nos próximos anos, especialmente na região do Centro do Rio, impulsionados por estímulos fiscais e programas de revitalização.

A Barra da Tijuca e bairros adjacentes lideram os lançamentos imobiliários, representando 24,39% de todas as ofertas na cidade, com 2.571 novas moradias no terceiro trimestre. A região oferece um modelo consolidado de condomínios com serviços e lazer, atraindo famílias de classe média com maior poder aquisitivo.

Enquanto a oferta de terrenos na Zona Sul é limitada, a Barra continua a ser uma opção com áreas disponíveis para desenvolvimento futuro. Empresas como Cyrella e Carvalho Hosken detêm terrenos na região.

Outras áreas, como Vargens e o antigo autódromo, também apresentam potencial para novos empreendimentos.
Fonte: O Globo

Construtora aposta em Brasília com edifício corporativo de R$ 2,4 bilhões

A Construtora Lotus Cidade, liderada pelos irmãos Luiz Felipe Hernandez e Ruy Hernandez, se destaca com projeto ambicioso em Brasília: construir a Lotus Tower, um dos maiores prédios corporativos do Brasil. Localizado na Asa Norte, o edifício terá a segunda maior laje corporativa do país, perdendo apenas para o Pátio Malzoni em São Paulo. A expectativa é um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 2,4 bilhões.

O mercado corporativo de Brasília tem apresentado boas oportunidades com a escassez de edifícios classe AAA na cidade – apenas 5% do mercado corporativo local se enquadra nessa categoria. Por isso, a Lotus vê uma demanda potencial de 500 mil a 800 mil metros quadrados nos próximos anos. A construtora investiu primeiro no Lotus Corporate, atraindo o Banco Mundial antes mesmo de sua conclusão. Com o sucesso, a Lotus expandiu operações e lançou o Lotus Prime, que agora abriga a delegação da União Europeia.

O próximo empreendimento, a Lotus Tower, planeja atrair instituições federais, oferecendo diferenciais de sustentabilidade e certificações verdes: o projeto inclui iniciativas como sistemas de energia solar, reuso de água e certificações LEED, Procel e Fitwell. A construtora planeja vender o Lotus Tower para um fundo imobiliário após alugar o prédio, tendo como alvo fechar locações acima de 10 anos. A empresa também mira uma oferta pública de ações (IPO) nos próximos três anos.
Fonte: Exame

Litoral de Santa Catarina passa por ‘boom’ imobiliário

O litoral catarinense, impulsionado por Balneário Camboriú, experimenta um boom imobiliário, refletido em residenciais de alto padrão em cidades próximas como Itapema, Porto Belo e Itajaí.

Itapema, em particular, teve aumento de 17,55% no preço médio do metro quadrado até novembro de 2023, aproximando-se de Balneário Camboriú como o mais caro do país. Santa Catarina, aliás, abriga quatro das dez cidades com o metro quadrado mais caro, incluindo Florianópolis e Itajaí, segundo Índice Fipe Zap de novembro.

O sócio-diretor da Brain Inteligência Estratégica, Fábio Tadeu Araújo, destaca que o mercado imobiliário na região depende da verticalização. O turismo e a falta de espaço físico em Balneário Camboriú impulsionam o crescimento em cidades vizinhas, e o aumento da demanda tem levado as construtoras a buscar terrenos fora das áreas de praia, além de considerar edifícios mais altos.

O sucesso imobiliário em Itapema, por exemplo, fez expandir a construção civil, gerando flexibilizações nas regras de construção e aumento da oferta.

No entanto, embora positivo para a arrecadação, a expansão aumenta os desafios relacionados à infraestrutura e aos serviços públicos. O coordenador do Laboratório de Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Samuel Steiner dos Santos, elenca preocupações como falta de acesso à moradia para baixa renda e conflitos ambientais.
Fonte: O Globo

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