Portas Abertas | 05 de janeiro de 2024

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05 de janeiro de 2024

Atualizado: 05 de janeiro de 2024 5 min de leitura

Aluguel residencial tem maior queda em três meses e deve continuar caindo este ano; Mercado imobiliário no litoral paulista deve aquecer em 2024; Justiça permite que plataforma cobre taxas de serviço e reserva de inquilinos.

Aluguel residencial tem maior queda em 3 meses e deve recuar mais em 2024

O aluguel residencial no Brasil teve a maior queda em três meses em dezembro de 2023, com uma diminuição de 1,16%, segundo o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). O coordenador dos índices de preços da FGV Ibre, André Braz, indicou que essa queda pode persistir em 2024. As principais capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, mostraram desaceleração na variação do aluguel, enquanto Belo Horizonte e Porto Alegre apresentaram aceleração.

Na transição de novembro para dezembro de 2023, o IVAR mostrou desaceleração nas principais capitais, mas a taxa acumulada em 12 meses acelerou de 7,4% para 7,46%. Essa aceleração é explicada por um efeito estatístico, devido a uma queda mais expressiva em dezembro de 2022. Para janeiro, a expectativa é de uma nova queda na taxa em 12 meses. André Braz diz que a tendência em 2024 dependerá do ritmo da taxa básica de juros (Selic) e do impacto dessa redução nos financiamentos imobiliários.

O economista ressaltou ainda que os cortes na Selic, iniciados no segundo semestre de 2023, podem tornar os juros de financiamento imobiliário mais atrativos ao longo de 2024. Taxas de juros menores tendem a estimular mais locatários a comprarem imóveis próprios, reduzindo a demanda por aluguel e impactando negativamente na variação de preços de locação ao longo do ano.
Fonte: Valor Econômico

Justiça permite que plataforma cobre taxas de serviço e reserva de inquilinos

Desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio decidiram que a plataforma imobiliária QuintoAndar pode continuar cobrando taxas de serviço e reserva de seus clientes. Este foi o desdobramento mais recente de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Rio que busca proibir as cobranças, sob argumento de que deveriam ser atribuídas aos locadores, não aos locatários, devido à sua natureza de intermediação e administração imobiliária.

O acórdão emitido em outubro e publicado só agora, destaca a necessidade de uma análise mais aprofundada do mérito do caso. Os desembargadores argumentam que o pedido de tutela de urgência feito pelo MP é descabido, considerando a longa prática da cobrança e a escassez de reclamações. O relator do processo, desembargador Adriano Celso Guimarães, destacou a ausência de “risco de prejuízos irreversíveis” devido à demora na decisão.

A ação teve início em 2022, e em março do ano seguinte, uma decisão de primeira instância ordenou a interrupção da cobrança. O QuintoAndar recorreu e conseguiu reverter a liminar em abril. A decisão anterior, assinada por um único desembargador, foi agora substituída pela decisão colegiada, dando respaldo à plataforma digital.

Em nota, o QuintoAndar afirmou que a decisão incentiva a liberdade econômica e o empreendedorismo tecnológico no Brasil.
Fonte: O Globo

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2024 terá mercado imobiliário aquecido também no litoral norte de São Paulo

O mercado imobiliário do litoral norte paulista projeta uma recuperação em 2024, após os temporais devastadores de 2023 somados à conjuntura de preços inflacionados e juros elevados, que fizeram as vendas caírem 20%. Sinais positivos nos últimos seis meses indicam uma retomada, de acordo com imobiliárias que atuam na região. A confiança dos clientes está retornando, com expectativa de um ciclo anual mais favorável.

A confirmação da tendência de queda dos juros básicos na última reunião do Copom também antecipa um cenário promissor para 2024. No entanto, o sobrepreço ainda representa um obstáculo nas praias mais movimentadas de São Paulo, onde alguns proprietários insistem em valores inflacionados. Apesar disso, corretores como Iván Boljover, que atende a alta renda em Maresias, preveem um mercado aquecido neste novo ano, com lançamentos e entregas de novos empreendimentos, especialmente em praias como Juquehy.

A Refúgios Urbanos, por exemplo, uma imobiliária especializada em alta renda, está lançando a Refúgios do Mar para atender à demanda por residências no litoral norte. Com o aumento do valor do metro quadrado em cidades como São Sebastião e Ilhabela, a empresa aposta na curadoria de imóveis únicos, integrando arquitetura autoral e design, para atrair os compradores de imóveis de alto padrão também nas praias paulistas.
Fonte: Valor Econômico

Queda nas taxas hipotecárias dos EUA traz otimismo ao mercado imobiliário

Os pedidos de hipoteca nos Estados Unidos apresentaram queda significativa de 10,7%, na semana encerrada em 29 de dezembro, de acordo com dados divulgados pela Mortgage Bankers Association’s (MBA). Esta redução refletiu diretamente no Índice MBA de Pedidos de Hipoteca – uma espécie de taxa de financiamento -, que passou de 194,2 para 173,5 pontos. O índice de refinanciamento também registrou uma retração notável de 18,1%, caindo de 437,2 para 358,2 pontos.

Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o índice de refinanciamento apresentou, no entanto, um aumento de 15%. Paralelamente, o índice de compra registrou uma queda de 7,6%, atingindo 140,7 pontos, em relação aos 152,2 pontos no período anterior, representando uma redução de 12% no acumulado do ano.

Apesar da diminuição nas taxas hipotecárias, o vice-presidente sênior e economista-chefe do MBA, Joel Kan, destaca que o cenário ainda é desafiador no setor imobiliário dos EUA. “A recente queda nas taxas hipotecárias deu ao mercado imobiliário alguns motivos para otimismo em 2024, mas os pedidos de compra ainda não aumentaram em resposta”.
Fontes: Valor Econômico e BP Money

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