Portas Abertas | 09 de janeiro de 2024

Compartilhar a notícia

09 de janeiro de 2024

Atualizado: 09 de janeiro de 2024 6 min de leitura

Imóveis usados ultrapassam 27% dos financiamentos do MCMV e construtoras pedem mudanças. Jardim Europa lidera como bairro mais caro de São Paulo. Lopes traça cenário positivo para 2024, com foco em digitalização e adaptação do corretor.

Construtoras pedem a governo que limite imóveis usados no Minha Casa, Minha Vida

O setor da construção civil pressiona o governo por alterações no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, após um aumento no financiamento de imóveis usados no último ano. Do total de 438,3 mil unidades financiadas em 2023, 27,3% eram usadas, o que corresponde a 119,7 mil unidades e R$ 16,6 bilhões em contratações. As construtoras argumentam que esse segmento não gera empregos e não contribui para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), principal fonte de recursos do programa.

O setor defende a limitação da verba para usados a 8% do orçamento de 2024. O Minha Casa, Minha Vida, originalmente, não contemplava o financiamento de imóveis usados, mas a possibilidade foi introduzida no programa Casa Verde e Amarela. As construtoras agora pedem restrições devido à alta demanda e a competição por recursos, alegando que a falta de limites pode exaurir os recursos do FGTS. O governo, por sua vez, está cauteloso, argumentando que o financiamento de imóveis usados é essencial para enfrentar o déficit habitacional.

Apesar de garantir um colchão de R$ 8 bilhões para novas contratações em 2024, de recursos remanescentes da PEC Emergencial, o programa enfrenta cortes no orçamento, diminuindo de R$ 13 bilhões para R$ 8,9 bilhões, especialmente para a faixa de renda mais baixa. Enquanto o governo busca contratar 600 mil moradias este ano, a incerteza persiste quanto à retomada de obras paralisadas por problemas como falta de infraestrutura e invasões.
Fonte: O Globo

Jardim Europa lidera como bairro mais caro de São Paulo

O bairro Jardim Europa, na Zona Oeste de São Paulo, liderou o ranking dos bairros mais caros da cidade em 2023, de acordo com um levantamento da Loft. No final de dezembro, a média do metro quadrado para apartamentos vendidos no Jardim Europa atingiu R$ 23.061, seguido pela Vila Nova Conceição, com R$ 16.163, e a Vila Olímpia, com R$ 13.038. As cinco áreas mais caras da cidade também incluíram Itaim Bibi (R$ 12.966) e Brooklin (R$ 12.263).

Essas regiões, consideradas estratégicas e próximas a centros de negócios, com amplas áreas verdes, atendem à demanda contínua por residências de alto padrão, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.

O preço do metro quadrado no Jardim Europa subiu 38% no ao longo de 2023, fenômeno atribuído à menor quantidade de transações mensais (10 a 24), tornando sua média mais volátil. Apesar disso, foi o bairro mais caro em 10 dos 12 meses, perdendo apenas para a Vila Nova Conceição em fevereiro e agosto.

A Loft também analisou a discrepância entre os valores anunciados e transacionados em plataformas digitais. Em dezembro, a Mooca apresentou a maior diferença, com anúncios 33,9% acima dos valores de venda, seguida por Santo Amaro (29,2%) e Bom Retiro (28,6%).

Surpreendentemente, o Jardim Europa teve a menor diferença, chegando a ser negativa em 2,8%. Isso indica que os valores anunciados eram inferiores aos valores efetivamente pagos pelos imóveis.Os dados refletem o alinhamento, ou falta dele, entre as expectativas dos proprietários e as condições do mercado imobiliário.
Fonte: Valor Econômico

Anúncios

Busca por mobilidade sustentável influencia na escolha de um imóvel

A mobilidade sustentável surge como um fator crucial na valorização de imóveis, segundo dados da ONU. A escolha de uma moradia, especialmente para as gerações mais jovens, é influenciada pela facilidade de acesso a serviços de transporte público e por infraestruturas que promovam meios de locomoção sustentáveis, como bicicletários e estações de carga para carros elétricos.

A tendência crescente de adotar meios de transporte leves, como patinetes e bicicletas elétricas, tem transformado a mobilidade urbana no Brasil, especialmente para deslocamentos de curtas distâncias, impactando diretamente as escolhas de residência.

Empreendimentos mais modernos têm se alinhado com essa demanda, oferecendo não apenas uma localização central, mas também acesso a ciclovias e terminais de ônibus. Além disso, adaptações para suportar novas formas de mobilidade, como carregadores de carros elétricos na garagem e bicicletários que funcionam como espaços para aluguel de bicicletas comunitárias, refletem uma preocupação em atender às demandas presentes e futuras relacionadas à mobilidade.
Fonte: g1

Lopes traça cenário positivo para 2024, com foco em digitalização e adaptação do corretor

Superada a incerteza inicial com a entrada do novo governo, em 2023, e com decisões importantes que afetam o mercado imobiliário em São Paulo, como a aprovação do novo Plano Diretor e a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, o otimismo voltou ao mercado imobiliário com boas perspectivas para 2024. A avaliação é do diretor institucional do Grupo Lopes, Cyro Naufel, em entrevista entrevista ao Imobi Report.

“Tivemos o arcabouço fiscal aprovado, a reforma tributária avançou e a inflação permaneceu sob controle. Neste contexto, a queda dos juros começou a ser trabalhada e animou de vez o mercado”, explica. Naufel prevê um cenário positivo, com inflação controlada e taxas de juros abaixo de 10%, beneficiando os mercados primário e secundário. Segundo o diretor, a Lopes – única rede imobiliária do Brasil listada na B3 -, se destaca como uma empresa de soluções imobiliárias, com 40% de foco no primário, 20% em franquias e 40% em financiamento.

Cyro Naufel vê a necessidade de integração entre o digital e o físico, mencionando a iniciativa Lopes Labs, focada em digitalização desde 2019, com foco no crescimento dessa área. Neste contexto, ressaltou que o corretor de imóveis ganha cada vez mais importância, mas é preciso adaptação. Ele enfatiza o papel do corretor como assessor, capaz de solucionar problemas, fornecer informações sólidas e confiáveis, e acionado apenas quando necessário, otimizando a experiência do cliente e afastando especuladores.
Fonte: Imobi Report

Veja também

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.