Portas Abertas | 11 de janeiro de 2024

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11 de janeiro de 2024

Atualizado: 11 de janeiro de 2024 6 min de leitura

Minha Casa, Minha Vida impulsiona vendas de imóveis e índice do setor lidera alta na Bolsa. Brookfield aposta no Brasil com foco em imóveis multifamily e logística. Lopes investe em franquias para melhorar receita em 2024.

Programa habitacional impulsiona vendas de imóveis e índice do setor lidera alta na Bolsa

O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) impulsionou o mercado imobiliário em 2023, revela pesquisa de incorporadoras, enquanto o índice de valorização das ações do setor lidera os ganhos na Bolsa de São Paulo. As vendas de imóveis residenciais cresceram 23,5% nos primeiros dez meses do ano passado, com 70,3% dos 126.774 empreendimentos comercializados dentro do programa, segundo último levantamento do indicador Abrainc-Fipe, obtido pelo jornal Folha de S.Paulo.

Segundo o presidente da Abrainc (Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias), o desempenho positivo é resultado das medidas de ajuste para beneficiar a população de menor poder aquisitivo. O programa amenizou a queda total nos lançamentos de imóveis no Brasil, que foi de 7,7%. Na Bolsa, o Índice Imobiliário liderou os ganhos em 2023, avançando cerca de 53%, enquanto o Ibovespa subiu 20%. A entidade observa sinais de readequação nos níveis de estoque do segmento de baixa renda.

Já o Itaú BBA destaca a boa execução orçamentária do FGTS como pontos positivos para o mercado imobiliário, controle do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) e a aceleração do segmento de médio padrão. Houve aumento de 12,5% nas unidades comercializadas nos dez primeiros meses de 2023. O vice-presidente comercial da Cury, Leonardo Mesquita, prevê cenário animador, com orçamento do FGTS estabelecido, legislações municipais favoráveis e queda na taxa Selic. 65% dos empreendimentos da Cury são voltados ao programa social e devem aumentar este ano.
Fonte: Folha de S.Paulo

Brookfield aposta no Brasil com foco em imóveis multifamily e logística

A gigante canadense Brookfield revela planos diversificados em entrevista à Bloomberg, destacando a estabilidade política atual, com juros e desemprego em queda. O CEO, Roberto Perroni, destacou a crescente atratividade do mercado imobiliário brasileiro e a visão de longo prazo da gestora no país.

A área imobiliária da Brookfield concentra R$ 26 bilhões em ativos imobiliários, sendo líder no multifamily, segmento que engloba edifícios residenciais destinados à locação. Com investimentos em parceria com MRV e JFL Living, a ideia é expandir no médio e alto padrão, visando novas gerações preocupadas mais com o uso do que com a posse. Perroni destaca o potencial de crescimento no segmento multifamily de alto padrão, com aluguéis entre R$ 1.5 mil e R$ 3 mil por mês.

A gestora também mantém o foco em escritórios, adaptando espaços para atrair empresas e funcionários de volta ao trabalho presencial. Para isso, oferece atrativos como child care e pet center, refletindo a mudança no perfil da demanda corporativa pós-pandemia.

Estão nos planos da Brookfield ainda investir mais em galpões logísticos, mesmo após a euforia do e-commerce na pandemia, destacando a compra recente de um terreno em Guarulhos. O CEO enfatiza a estratégia de focar em regiões com menos competição dada a escassez de terrenos.
Fonte: Bloomberg Línea

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Lopes investe em franquias para melhorar receita em 2024

A estratégia da Lopes para compensar a queda na receita e no financiamento próprio é focar na sua rede de franquias. Com presença consolidada em São Paulo, a expansão para todos os estados, iniciada no terceiro trimestre de 2023, representa uma abordagem “asset light” e descentralizada, diante da retração na concessão de crédito.

Cyro Naufel, diretor institucional da LPS Brasil, argumenta que as franquias oferecem maior potencial de crescimento, sendo mais escaláveis. Em contraste com as lojas próprias, elas apresentaram VGV intermediado crescendo 22% no último trimestre no trimestre de 2023, enquanto o da operação própria caiu 16%. Diante disso, a empresa planeja avançar para cidades de 200 a 300 mil habitantes. Atualmente, a Lopes conta com 178 franquias em todos os estados.

Embora a receita das franquias represente apenas 14% do total, sua margem líquida é substancialmente maior (48,0%), segundo a Lopes, contribuindo para o aumento do Ebitda, das margens e do lucro consolidado.

A CrediPronto, joint venture da imobiliária com o Itaú, foi identificada como detratora da receita, experimentando quedas nos novos financiamentos e contratos. Além das franquias, a empresa diversificou suas operações, como a parceria com o QuintoAndar para compartilhar imóveis.
Fonte: Infomoney

Porto Alegre: veja são os bairros com melhor valorização de imóveis em 2023

Os bairros Rubem Berta, Coronel Aparício Borges e Praia de Belas lideram a valorização imobiliária na capital gaúcha, segundo levantamento da Loft. Com aumentos superiores a 10%, Rubem Berta se destaca com uma elevação de 23% no preço por metro quadrado. O Coronel Aparício Borges, na Zona Oeste, e Praia de Belas, na Zona Central, também apresentaram expressiva valorização, embora os preços por metro quadrado nesses bairros ainda mantenham uma distância considerável em relação aos bairros mais caros da cidade, como Três Figueiras, onde o valor médio é de R$ 12,9 mil por metro quadrado.

A Loft destaca que, inicialmente, Rubem Berta não figurava na lista dos bairros mais valorizados, mas ao longo de 2023, tornou-se uma opção procurada por pessoas de cidades vizinhas. O preço mediano do metro quadrado em dezembro chegou a R$ 3.684. Este movimento se deve, em parte, ao desejo de estar mais próximo do local de trabalho ou estudo em Porto Alegre.

Já o bairro Praia de Belas apresentou uma valorização consistente desde outubro de 2022 , com preço mediano do metro quadrado em R$ 7.368, indicando uma demanda contínua na região central da cidade. Esses dados refletem a dinâmica diversificada do mercado imobiliário em Porto Alegre, com diferentes bairros experimentando níveis variados de crescimento e interesse.
Fonte: Jornal do Comércio

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