Os corretores de imóveis precisam ficar a par das condições do financiamento imobiliário a fim de esclarecer dúvidas e auxiliar os seus clientes nesse tipo de negociação. Por isso, preparamos um guia com as principais regras que envolvem o financiamento imobiliário.
A seguir, você vai entender quais são os tipos de financiamento, as taxas envolvidas e os custos adicionais.Também vai saber quem pode financiar um imóvel e qual é a documentação necessária.
Por fim, também daremos dicas de como você pode apresentar essas informações aos seus clientes. Confira!
O que é financiamento imobiliário?
O financiamento imobiliário facilita o acesso à casa própria para quem não tem condições de quitar o imóvel à vista. A modalidade permite que o seu cliente efetue o pagamento em parcelas, que podem durar anos, com taxas de juros que dependem do banco.
As condições do financiamento também são influenciadas pelo perfil de cada cliente. Por isso, é necessário que a pessoa interessada em financiar o imóvel passe por uma avaliação da instituição financeira, que vai apontar qual será o valor liberado para o crédito imobiliário.
É importante que os corretores de imóveis conheçam ainda alguns conceitos, como os tipos de financiamento (SFH e SFI), bem como o que é o Custo Efetivo Total (CET), além de como funciona a cobrança de taxas. Entenda mais adiante!
SFH E SFI
O Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) são os principais modelos praticados no Brasil. Primeiramente, para o SFH, o valor máximo do imóvel deve ser de R$ 1,5 milhão. É necessário que o imóvel esteja registrado no Cartório de Registro de Imóveis e seja residencial e urbano.
Também é preciso que a propriedade esteja localizada na região em que o seu cliente mora ou trabalha por no mínimo um ano. Além disso, é por meio do SFH que é possível usar o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Quem pretende aderir ao SFH, que é um sistema regulamentado pelo governo federal, precisa saber que as parcelas não podem ser maiores do que 30% da renda familiar e que o parcelamento pode cobrir até 80% do valor total da propriedade. O prazo para financiamento vai até 35 anos, o que corresponde a 420 meses.
Já o SFI permite a livre negociação entre os bancos e os clientes. Assim, abrange os financiamentos que não estão inclusos no SFH, a exemplo de imóveis com valor acima de R$ 1,5 milhão e de propriedades comerciais. E ainda abrange o mercado de imóveis de luxo e os negócios direcionados para investidores que adquirem imóveis para revender.
Custo Efetivo Total
Para ajudar os seus clientes na hora de recorrer a um financiamento, também é bom entender o que é CET. Esse valor diz respeito à soma de todos os encargos da operação, envolvendo os juros e demais despesas que podem ser cobradas pela instituição financeira.
Dessa forma, tendo conhecimento do CET, é possível que o seu cliente faça um planejamento financeiro mais adequado e aumente as chances de cumprir com os pagamentos.
Taxas
Para começar, a taxa de financiamento imobiliário é cobrada pelo banco em cima das prestações do imóvel. Também é necessário custear a taxa de administração do contrato e o seguro. Ainda, é possível que o seu cliente precise custear as taxas de análise de crédito e de abertura de cadastro.
Como funciona o financiamento imobiliário?
Conheça adiante as principais regras de funcionamento do financiamento imobiliário.
Quem pode fazer o financiamento?
É necessário cumprir alguns critérios para tentar esse tipo de financiamento. As condições incluem ter 18 anos ou mais e ser brasileiro ou dispor de visto permanente. Também é preciso ter o nome limpo, sem restrições em órgãos de proteção ao crédito. Caso tenha alguma dívida, é importante tentar a renegociação.
Além do mais, será necessário comprovar que o seu cliente tem condições de quitar o imóvel. Nesse sentido, é essencial preparar a documentação para atestar os rendimentos da família.
Entrada
Você pode orientar os seus clientes sobre a importância de dar um valor maior de entrada para suavizar as parcelas do financiamento. Geralmente, a média é de 20% do valor do imóvel. Assim, caso o preço da propriedade seja de R$ 450 mil, a entrada deve ser de R$ 90 mil.
O cliente pode ter como opção usar o FGTS para o valor da entrada. Por outro lado, é recomendado ainda realizar um planejamento financeiro para alcançar um valor mais alto, bem como vender outros bens, a exemplo de veículos.
Custos do processo
Os clientes também podem ser orientados pelos corretores a respeito dos custos do processo de aquisição de um imóvel. A negociação envolve o pagamento do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que costuma variar entre 2% e 4% do valor do imóvel.
O comprador deve ainda quitar o valor relativo à escritura pública, documento que comprova a negociação e que conta com valores cobrados pelo cartório local. Mais um custo importante é o registro do imóvel, que costuma ficar entre 2% e 3% do preço do imóvel.
Documentação necessária
A lista de documentação para tentar o financiamento imobiliário contém:
- documentos pessoais de identificação;
- comprovação de renda (contracheque ou extrato bancário dos últimos meses);
- certidão de casamento, de divórcio ou de nascimento para solteiros;
- documentos do imóvel que o cliente pretende adquirir.
Como apresentar o financiamento imobiliário para o meu cliente?
No momento de apresentar as condições do financiamento imobiliário para os seus clientes, é possível adotar estratégias como apontar os pontos positivos e as desvantagens que podem apresentar.
Você pode comparar o financiamento com outra modalidade de pagamento, a exemplo do consórcio, indicando os diferenciais de cada uma delas. Também é possível confrontar com o pagamento feito à vista e a compra realizada com permuta de outro imóvel.
É bom ainda demonstrar disponibilidade para tirar as principais dúvidas do seu cliente. Nessa perspectiva, é interessante que você procure se informar constantemente sobre as condições para o financiamento imobiliário por meio de portais especializados e de newsletters.
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