Se você é gestor de equipes de corretores ou trabalha como corretor, precisa entender qual é a estimativa para a taxa Selic 2022 e as influências que ela exerce no mercado imobiliário. Afinal, essa taxa é uma das mais importantes para saber o funcionamento da economia e o consumo da população brasileira.
De forma simplificada, quando a taxa Selic está baixa, o mercado imobiliário tende a aquecer, porque a maioria das pessoas adquire imóvel para pagamento em longo prazo, com juros que sofrem reajustes.
Por isso, confira neste artigo o que é e como está o cenário desse índice. Também apresentaremos as previsões para a taxa Selic 2022 e os efeitos sobre o crédito e o financiamento imobiliário. Confira!
O que é a taxa Selic e qual é o impacto desse índice no mercado financeiro?
Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia; é a taxa básica de juros da economia brasileira. Esse índice corresponde à principal ferramenta usada pelo Banco Central (BC) para controle da inflação no país.
Na prática, quando a taxa Selic sobe, os juros que são cobrados pelos bancos para empréstimos, financiamentos imobiliários e cartão de crédito tendem a aumentar. Isso vai depender se as instituições financeiras vão conseguir preservar as taxas.
Quando a Selic e os juros estão menores, a tendência é que as famílias encontrem condições mais atrativas para adquirir um imóvel, porque os juros cobrados são baixos.
Portanto, a Selic impacta diretamente nos resultados da sua imobiliária.
Como está o cenário atual e quais as projeções para a taxa Selic 2022?
Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a Selic para 6,25% ao ano, o patamar mais alto desde julho de 2019. Está prevista para o fim de outubro uma reunião do Copom para definir aumento na taxa.
Veja a seguir quais são as estimativas dos principais pilares da economia brasileira para 2022. Vale ressaltar que diversos fatores impactam na economia e essas estimativas podem diminuir ou aumentar.
Taxas
De acordo com o Relatório Focus do Banco Central, divulgado em outubro, que revela estimativas do mercado para os principais indicadores econômicos, a expectativa para a Selic é de 8,25% no fim de 2021. Já a projeção para o fim de 2022 é de 8,75%.
Inflação
Em agosto deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), um dos índices mais usados no sistema de metas para a inflação, ficou em 0,87%. O resultado foi a maior taxa para agosto desde 2000. Além disso, em 12 meses, a inflação atingiu 9,68%, a mais elevada desde fevereiro de 2016.
De maneira geral, quando a inflação está alta, o Banco Central aumenta a Selic. Do mesmo modo, a taxa básica de juros tende a cair quando a inflação está dentro das metas. Para 2021, a meta central da inflação é de 3,75%. Assim, o BC avalia a meta de inflação de 2022 (3,5%) para definir a Selic.
Produto Interno Bruto (PIB)
Ademais, a elevação da Selic pode ter impactos negativos no consumo da população e nos investimentos produtivos. Com isso, os efeitos também podem chegar ao Produto Interno Bruto (PIB) e alcançar a renda da população.
No entanto, de acordo com o Relatório Focus, a expectativa para o PIB em 2021 foi mantida em 5,04%. Para o ano que vem, o ponto-médio das estimativas para a expansão do Produto Interno Bruto saiu de 1,57% para 1,54%.
Dólar
A expectativa para o dólar foi reavaliada e aumentou de R$ 5,20 para R$ 5,25, ainda segundo o Relatório Focus. O aumento da moeda americana pode influenciar a subida dos preços em geral e da inflação.
Como essas mudanças impactam no setor imobiliário?
Agora que você viu as previsões para a taxa Selic 2022, a seguir explicaremos de que modo esses movimentos da economia afetam o mercado de negociação de imóveis.
Ritmo do crescimento imobiliário
Mesmo com a pandemia do coronavírus, o setor imobiliário conseguiu se renovar e demonstrar recuperação. A venda de imóveis no Brasil aumentou 46,1% no 1º semestre de 2021 em comparação ao mesmo período de 2020.
Apesar do aumento da Selic em 2021, o patamar dessa taxa ainda é considerado baixo em comparação ao histórico brasileiro de ter a taxa acima de dois dígitos.
Além do mais, as condições para aquisição de imóveis seguem atraentes para quem compra. Então, a expectativa do mercado é de que a elevação da Selic não afete as vendas, ao menos em curto prazo.
Confira nos próximos tópicos o cenário dos principais tipos de crédito buscados por quem deseja comprar um imóvel.
Crédito imobiliário
A contratação de crédito imobiliário segue em crescimento no país. Para se ter uma ideia, a Caixa Econômica Federal anunciou que as contratações dessa modalidade somaram R$ 65,4 bilhões no primeiro semestre de 2021, sendo que junho registrou o maior valor da história da instituição.
Além disso, houve aumento de 36% no montante acumulado nos primeiros seis meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2020.
Financiamentos
Bancos como Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú aumentaram as taxas de juros de financiamento imobiliário. Já a Caixa saiu na contramão e reduziu as taxas para quem quer comprar a casa própria.
Conforme as expectativas do setor imobiliário, em geral, apesar do aumento das taxas, o momento é considerado bom para a venda de imóveis.
Com o que os corretores precisam estar atentos à mudança da Selic?
Diante das estimativas para a taxa Selic 2022, os corretores de imóveis podem avaliar alguns fatores que ajudam a indicar o aquecimento do segmento imobiliário: os hábitos de consumo e as transformações do mercado imobiliário.
Em meio à pandemia, por exemplo, as pessoas passaram a ficar mais em casa e, assim, buscaram viver em um espaço melhor. Com isso, cresceu a procura por imóveis maiores e mais confortáveis.
Também houve aumento na procura por ambientes que promovem o contato com a natureza, além de espaços para o home office.
É fundamental entender as mudanças tecnológicas que o mercado apresenta e de que maneira as inovações podem influenciar nas vendas. No contexto de isolamento social, muitas imobiliárias precisam investir em tecnologia, com lançamentos virtuais e atendimento remoto.
As vendas online de imóveis, que já se mostravam uma tendência, se consolidaram e devem permanecer no momento pós-crise. Além disso, as empresas desse segmento entenderam a demanda para ações de marketing e outras formas de prospectar leads imobiliários.
Por isso, fique de olho nos noticiários de economia para avaliar como está o cenário para venda de imóveis e assim aplicar as estratégias certas para o momento.
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